Amigos,
Continuando
a reflexão do texto anterior, Inviolabilidade
da vida humana, gostaria de partilhar mais alguns pensamentos com vocês.
Tudo
o que foi exposto no texto anterior, nos leva a refletir sobre as seguintes
questões: por que as pessoas tentam, por vezes, obstinadamente, adiar ou
fugir da morte...? A morte, desde que natural, é algo que faz parte de nossas
vidas. A tecnologia disponível hoje pode e deve ser muito útil na manutenção da
vida, desde que de forma proporcional; mas é realmente necessário (e
digno), manter alguém sob toda uma parafernália desproporcional para
forçar a vida de forma obstinada, quando ela, por si, já não seria mais
capaz de se manter de forma natural...?
Por
outro lado, vemos outro comportamento no extremo oposto, quando se quer
legalizar a eutanásia, que trata-se de provocar a morte, quando a vida
ainda é possível ser mantida de forma natural e com meios proporcionais
e dignos.
Trata-se,
evidentemente, de uma grande contradição. Seria a “falta” de Deus na vida
destes – e consequentemente a falta de valores morais e éticos –, o que levaria
a tais desesperos...? Digo falta entre aspas, porque Deus está sempre presente:
é onipresente! Mas as pessoas, por falta de conhecimento, ou por opção, podem,
no uso (equivocado) de sua liberdade, fechar-se à Sua presença...
Nós
ficamos com aquilo que é ético e moralmente correto: a manutenção da vida, com
meios proporcionais, respeitando a dignidade humana, desde seu início
até seu fim natural.
Por
outro lado, fiquemos atentos às tentativas de se aprovar leis no Brasil, a
exemplo do que vem ocorrendo em outros países, como sob uma imposição em nível
mundial, que visem legalizar a eutanásia – assim como o aborto –; que
constituem, portanto, em tentativas de legalizar a morte provocada: assassinato
de indefesos, ou suicídio. Em ambos os casos, trata-se de aberrações,
atentados contra a vida e, – não esqueçamos –, afrontas ao Quinto Mandamento:
Não Matarás!
Repetindo
a referência citada no texto anterior:
-
Dom Estevão Bettencourt, OSB; Revista “Pergunte e Responderemos”, nº 484, Ano
2002, pp. 428; reproduzido na página
do site da Editora Cléofas, de Felipe
Aquino.
Tenho
também dois livros na “fila” para leitura, que tratam especificamente sobre esses
temas:
-
Leo Pessini; Eutanásia – Por que abreviar
a vida?, Ed. Do Centro Universitário São Camilo/Ed. Loyola, 2004.
-
Leo Pessini; Distanásia – Até quando
prolongar a vida?, Ed. Do Centro Universitário São Camilo/Ed. Loyola, 2001.
Pe.
Leo Pessini é sacerdote Camiliano, com doutorado em Teologia Moral, e com forte
atuação no campo da bioética.
Interessante
lembrarmos que a Ordem (Congregação Religiosa) dos Camilianos foi fundada por
São Camilo de Lélis, patrono dos enfermos e dos hospitais...
Boa
reflexão, e até a próxima!
(Modificado em 22/03/2012):
Acrescento
à lista de referências, o artigo recém-publicado do Pe. Leo Pessini, na revista
Ciência Hoje; o artigo é de acesso livre!
-
Leo Pessini; “Distanásia: por que prolongar o sofrimento?”, Ciência Hoje, V. 51, N. 301, pp. 62-65,
Mar/2013; disponível online no link.
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