sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Inviolabilidade da vida humana (2)


Amigos,

Continuando a reflexão do texto anterior, Inviolabilidade da vida humana, gostaria de partilhar mais alguns pensamentos com vocês.

Tudo o que foi exposto no texto anterior, nos leva a refletir sobre as seguintes questões: por que as pessoas tentam, por vezes, obstinadamente, adiar ou fugir da morte...? A morte, desde que natural, é algo que faz parte de nossas vidas. A tecnologia disponível hoje pode e deve ser muito útil na manutenção da vida, desde que de forma proporcional; mas é realmente necessário (e digno), manter alguém sob toda uma parafernália desproporcional para forçar a vida de forma obstinada, quando ela, por si, já não seria mais capaz de se manter de forma natural...?

Por outro lado, vemos outro comportamento no extremo oposto, quando se quer legalizar a eutanásia, que trata-se de provocar a morte, quando a vida ainda é possível ser mantida de forma natural e com meios proporcionais e dignos.

Trata-se, evidentemente, de uma grande contradição. Seria a “falta” de Deus na vida destes – e consequentemente a falta de valores morais e éticos –, o que levaria a tais desesperos...? Digo falta entre aspas, porque Deus está sempre presente: é onipresente! Mas as pessoas, por falta de conhecimento, ou por opção, podem, no uso (equivocado) de sua liberdade, fechar-se à Sua presença...

Nós ficamos com aquilo que é ético e moralmente correto: a manutenção da vida, com meios proporcionais, respeitando a dignidade humana, desde seu início até seu fim natural.

Por outro lado, fiquemos atentos às tentativas de se aprovar leis no Brasil, a exemplo do que vem ocorrendo em outros países, como sob uma imposição em nível mundial, que visem legalizar a eutanásia – assim como o aborto –; que constituem, portanto, em tentativas de legalizar a morte provocada: assassinato de indefesos, ou suicídio. Em ambos os casos, trata-se de aberrações, atentados contra a vida e, – não esqueçamos –, afrontas ao Quinto Mandamento: Não Matarás!

Repetindo a referência citada no texto anterior:

- Dom Estevão Bettencourt, OSB; Revista “Pergunte e Responderemos”, nº 484, Ano 2002, pp. 428; reproduzido na página do site da Editora Cléofas, de Felipe Aquino.

Tenho também dois livros na “fila” para leitura, que tratam especificamente sobre esses temas:

- Leo Pessini; Eutanásia – Por que abreviar a vida?, Ed. Do Centro Universitário São Camilo/Ed. Loyola, 2004.

- Leo Pessini; Distanásia – Até quando prolongar a vida?, Ed. Do Centro Universitário São Camilo/Ed. Loyola, 2001.

Pe. Leo Pessini é sacerdote Camiliano, com doutorado em Teologia Moral, e com forte atuação no campo da bioética.

Interessante lembrarmos que a Ordem (Congregação Religiosa) dos Camilianos foi fundada por São Camilo de Lélis, patrono dos enfermos e dos hospitais...

Boa reflexão, e até a próxima!


(Modificado em 22/03/2012):

Acrescento à lista de referências, o artigo recém-publicado do Pe. Leo Pessini, na revista Ciência Hoje; o artigo é de acesso livre!

- Leo Pessini; “Distanásia: por que prolongar o sofrimento?”, Ciência Hoje, V. 51, N. 301, pp. 62-65, Mar/2013; disponível online no link.

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