Amigos,
Continuando
ainda nossa reflexão sobre a criação de Deus, hoje eu comento sobre a questão
da Evolução, e a teoria mais aceita atualmente que tenta explicá-la; já
comentei antes sobre a teoria do Big Bang,
no texto sobre o Pe.
Georges Lemaître, SJ, sobre a qual comento novamente nesse texto também.
Conforme
já expus anteriormente, a Igreja entende que o conteúdo da Bíblia, inspirado
por Deus, refere-se àquelas verdades de fé que são fundamentais à
salvação do homem. Vimos também que as narrativas bíblicas do livro do
Gênesis não devem ser interpretadas de forma literal. Mas sabemos que é bom o
homem louvar o Criador, ao se maravilhar com a criação. Logo:
Quanto à criação do mundo:
Hoje
a teoria do Big Bang é a mais aceita,
devido inclusive às comprovações observacionais, como a Radiação Cósmica de
Fundo de Microondas (vide o link sobre o Pe.
Georges Lemaître, SJ). Sabemos que ela não contraria nossa fé em Deus que
criou o mundo. Porém, se futuramente essa teoria for alterada ou complementada de
alguma forma, pouco importa para nós, no sentido em que jamais colocará “em
cheque” a nossa fé em Deus como Criador do mundo. O que importa para nós é que
Deus é Criador! Agora, exatamente os detalhes de como Ele criou o mundo,
do ponto de vista de uma descrição científica, trata-se de um “algo a mais” em
nosso entendimento.
Logo,
quaisquer pretensas tentativas de se excluir Deus da história, através da
teoria do Big Bang, ou de outras teorias
científicas, obviamente trata-se de ingerência por parte de quem o faz, uma vez
que a esfera de atuação da ciência é bem mais restrita que a da filosofia e da
teologia. Seria invadir outro campo do conhecimento para o qual a ciência não
se aplica.
Quanto à criação da vida:
Hoje
a teoria da Evolução é a mais aceita no meio científico; e é aceita pela Igreja
também, como uma teoria, desde que não seja usada como uma alternativa para a
fé em Deus; mas seja usada em conjunto com a fé. Aqui valem as mesmas
observações do item anterior, sobre a criação do mundo: pouco importa para nós
também, se a teoria que explica como a vida foi (e é) criada, é a teoria
da Evolução, ou se é outra teoria; se a teoria da Evolução for modificada no
futuro, ou substituída por outra... isso em nada abala nossa fé. Tampouco a
teoria da Evolução, por si só, abala nossa fé. Obviamente, se for usada para
negar Deus... aí temos também um problema de ingerência de quem o faz. Sabemos
que Deus criou (e cria) a vida. Mas como exatamente Ele criou... trata-se
também de um “algo a mais” em nosso conhecimento.
O
que importa para nós, tanto no que diz respeito à criação do mundo quanto da
vida, é que nós conjugamos as teorias científicas que descrevem (ou tentam
descrever) como tudo isso ocorreu, com a certeza que temos, pela Revelação
Divina, de que Deus é o Criador de todas as coisas! Logo, cremos que toda a
criação, do mundo e da vida, seguiu um plano Divino, ou seja: foi guiada por
Deus; não por um acaso cego... Lembram daquelas citações de cientistas que
eu coloquei no texto Macrocosmos?
Repito aqui, afinal nunca é demais relembrar o que tem um conteúdo importante e
esclarecedor.
“Com
os átomos de um bilhão de estrelas, o acaso cego não conseguiria produzir
sequer uma proteína útil para o ser vivo.” (Adolf Butenandt, 1903-1995, prêmio
Nobel de Química m 1939).
“Querer
explicar pelo acaso a origem da vida sobre a terra é o mesmo que esperar que um
dicionário completo possa ser o resultado da explosão de uma tipografia.”
(Edwin Couklin, 1863-1952, biólogo).
Até
a próxima, com a graça de Deus!
Fontes
para consulta:
-
Catecismo da Igreja Católica
-
“Curso de Antropologia Teológica (e Angeologia)”, da Escola “Mater Ecclesiae”, elaborado por Dom
Estêvão Bettencourt, OSB.
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