Amigos,
No fim de fevereiro último - que teve 29 dias -, comecei a pensar em comentar algo sobre o calendário Gregoriano, usado por nós atualmente, e sobre alguns fatos que cercam a criação deste calendário. Porém, somente agora tive chance de escrever. Vamos lá.
No fim de fevereiro último - que teve 29 dias -, comecei a pensar em comentar algo sobre o calendário Gregoriano, usado por nós atualmente, e sobre alguns fatos que cercam a criação deste calendário. Porém, somente agora tive chance de escrever. Vamos lá.
Em 46 antes de Cristo, o imperador romano Júlio César havia criado um calendário que vigorou durante muitos séculos - até o século XVI. Entretanto, havia um erro, aparentemente imperceptível que, porém, foi sendo acumulado ao longo do tempo, tornando-se então bastante notável àquela época. À Igreja, este erro se fazia notar especialmente na data de comemoração da Páscoa Cristã, que atrasava cada vez mais.
Durante o século XVI, o Papa Gregório XIII constituiu um grupo de estudos com o objetivo de acertar a defasagem então observada no calendário. Para coordenar este grupo, o Papa nomeou um sacerdote Jesuíta, Pe. Clavius, SJ, que também era matemático (ah, os Jesuítas com sua frequente atuação nas ciências...). Em 1582, o Papa Gregório XIII promoveu, finalmente, a reforma no calendário, substituindo o antigo, Juliano, pelo novo calendário Gregoriano, através da Bula Papal Inter Gravissimas. O calendário Gregoriano permanece em vigência até hoje em quase todo o mundo.
Ao início da vigência do novo calendário, foram suprimidos dez dias do mês - passando diretamente do dia 4 para o dia 15 de outubro de 1582 -, a fim de corrigir a defasagem até então acumulada. Além disso, é acrescentado um dia ao fim de fevereiro (o dia 29), a cada quatro anos, com algumas exceções. Este acréscimo deve-se ao fato de que o ano - período que a Terra leva para completar sua órbita em torno do Sol -, não tem exatamente 365 dias, mas cerca de 365 dias e 6 h (365 dias, 5 h e 48 min, para ser mais exato). Este tempo extra de cerca de 6 h, acumulado durante quatro anos, resulta em aproximadamente 24 h, o que é corrigido com o acréscimo de um dia após este período de quatro anos. Na verdade, o acréscimo de um dia a cada quatro anos ficou implementado da seguinte maneira: um ano é acrescentado ao fim de fevereiro, a cada quatro anos que sejam múltiplos de quatro, com exceção dos anos que forem múltiplos de 100 (porém, anos múltiplos de 400 são bissextos). Para maiores detalhes, sugiro o seguinte texto do Blog do Planetário do Rio de Janeiro.
Sugiro também a leitura de um texto no Blog de Felipe Aquino, sobre o cientista que que fazia parte do grupo, e que efetuou a correção, quando da mudança para o novo Calendário: Luigi Lilio.
Concluindo: o calendário largamente usado desde então - em quase todo o mundo -, teve origem em estudos realizados a pedido de um Papa, o Papa Gregório XIII, cujo grupo foi coordenado por um sacerdote Jesuíta, Pe. Clavius, SJ! Como é bela a relação da Igreja com a ciência!
(Modificações e correções, em 17/07/2017).
(Modificações e correções, em 17/07/2017).
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