sábado, 15 de junho de 2013

Gerbert d’Aurilac – o Papa Silvestre II


Amigos,

Durante esta semana que termina, vi o anúncio de uma palestra muito interessante! Porém, não pude assistir, devido ao trabalho. Pois bem, mais um homem de ciência e de fé, a ser citado no blog: Gerbert d’Aurilac, que, ao final do primeiro milênio, tornou-se o Papa Silvestre II.

Papa Silvestre II, Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros.
Gilbert d’Aurilac foi um Monge Beneditino, de grandes qualidades, tanto intelectuais como espirituais. Homem de vasto conhecimento – explorava diversas áreas, além da filosofia e da teologia – deu importantes e interessantes contribuições à ciência, em seu tempo. A vastidão de seu conhecimento é comparada a de Leonardo da Vinci – quatro séculos antes deste. Suas contribuições ainda precisam ser mais estudadas, porém tem-se que ele introduziu na Europa, a esta época, o uso de algarismos indo-arábicos – porém, segundo consta, propostos por ele mesmo, não os de origem arábica1! Outras contribuições suas foram: a invenção de um ábaco (pasmem!)2; também a invenção de um instrumento de observação do Sol; e o estudo de tubos de órgãos, usando o sistema numérico de base 12!3
Além de sua atuação por diversos campos do conhecimento profano, Gilbert d’Aurilac também possuía qualidades de retidão moral, além da espiritualidade. Foi um grande humanista e filósofo, além de ter promovido a cultura, e o sentido de unidade e harmonia entre as pessoas. – tendo contribuído com o imperador Oton III, em favor da cristandade4.
Descobri algo sobre Gilbert d’Aurilac – Papa Silvestre II –, a partir do anúncio de uma palestra proferida no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), pelo astrofísico italiano Costantino Sigismondi, que também estuda história da astronomia. Este pesquisador tem formação e atuação científica, incluindo dois doutorados (pasmem novamente!): sendo um em física teórica e outro, mais recente, em astrofísica relativística; além de formação também em teologia. Professor na Sapienza Universitá di Roma, no Ateneo Pontifício Regina Apostolorum e no ITIS Galileo Ferraris, Roma. Atualmente, é Pesquisador Visitante no Observatório Nacional. Há uma página sua no International Center for Relativistic Astrophysics (ICRA), com seu currículo, produção, e onde podem ser vistas fotos suas com o Papa João Paulo II!
Costantino Sigismondi também é membro do corpo editorial da revista “Gerbertus”, sobre história da ciência medieval.
Segue também uma Carta do Papa João Paulo II, de 1999, ao Bispo de Saint-Flour, por ocasião da celebração dos mil anos do início do Pontificado de Silvestre II!
Bem, espero que tenham gostado. Um homem de ciência e fé, da atualidade, que estuda a vida de outro homem de ciência e fé – diga-se de passagem, grande homem de ciência e de fé: Gilbert d’Aurilac!
Boa leitura! Até a próxima, com a graça de Deus!


1 Na Europa, como se sabe, usava-se o sistema de algarismos Romanos – o que desfavorecia o desenvolvimento da matemática.
2 O ábaco também tem origem oriental, e é um instrumento para se realizar cálculos.
3 Como observação, o sistema que usamos hoje é o decimal (base 10) – provavelmente por termos dez dedos nas duas mãos –, e nos computadores é usado o sistema binário (base 2) – composto por “uns” e “zeros”.
4 Na Europa da Idade Média, houve, em alguns momentos, boa colaboração entre a Igreja e os impérios, no sentido de implantar uma sociedade apoiada nos valores cristãos. Grande exemplo foi o dito Império Carolíngio, do imperador Carlos Magno, que apoiava-se no ideal da “Cidade de Deus”, de Santo Agostinho.


Reflexões (2)


Amigos,

Continuando nossa reflexão sobre as ideologias contrárias à vida e dignidade humanas, e sobre o autoritarismo e agressividade de seus adeptos. Eu havia comentado sobre as ideologias sócio-políticas de fundo ateísta: socialismo, comunismo, e assemelhadas; e sobre os regimes totalitários nelas baseados, nos países em que foram implantados, à época, e sobre a violência com que foram impostos e mantidos: golpes de estado, extermínios, campos de concentração, “paredões”, entre outras mazelas.

Apesar destes regimes terem caído, em algumas partes do mundo (em algumas partes ainda se mantêm, infelizmente), seus adeptos não parecem ter desistido. O problema é que, agora, são mais sorrateiros. Antes, se impunham às custas de golpes e violência; agora, através de “doutrinações” (vide séries de textos anteriores, neste blog, com este título), que atacam mais através dos costumes, de forma mais “cultural”. Ideologias estranhas – conforme citadas no texto anterior – são oferecidas aos povos, através dos meios de comunicação; impostas para serem cumpridas, sob pena de punição, mesmo sem a concordância de grande parte das populações de diversos países.

Mas a lavagem cerebral não é só contra a vida e a dignidade humana; é também contra a fé e, em particular, contra a Igreja. Aliás, não é difícil entender isso; estávamos falando de ideologias de fundo ateísta, do “passado”. Há outros problemas também: quem ainda não ouviu falar de Marquês de Pombal, por exemplo, que tanto mal causou, com sua perseguição à Igreja...? E quanto ao dito “iluminismo”, ao racionalismo, que nega a Deus (e, consequentemente, ao homem e à moral), que tanto atacaram, também, a Igreja? Quem não se lembra também da Revolução Francesa, que exterminou milhares de pessoas – especialmente padres e religiosos...(ah, o ódio deles contra Deus e a Sua Igreja...)?

A lavagem cerebral, que ocorre inclusive nas escolas, também contrapõe Igreja, religião e fé, à ciência, ao desenvolvimento, à cultura; “endeusando” a razão. Proclamam o socialismo e o comunismo como regimes justos – omitindo as atrocidades cometidas em nome destes regimes; entre outras falácias.

Percebemos a agressividade dos adeptos de todas essas ideologias malévolas, ao recusarem o diálogo com quem deles discorda; ao agredirem, de todas as formas, quem pensa diferente deles; ao tentarem impor “à força” suas ideologias. Recentemente, foi publicada uma notícia de um artigo de divulgação sobre o diálogo entre ciência e fé; vimos pessoas equilibradas falando de convergência entre ciência e fé, e outras pessoas com comportamentos arbitrários, atacando este diálogo. É uma característica própria dessa gente. Na falta de argumentos sólidos, partem para o ataque agressivo e para a tentativa de desqualificar quem pensa diferente deles.

Tempos atrás, assisti na televisão, um debate entre um bispo católico – atuante nas questões sobre bioética –, e uma pesquisadora defensora de procedimentos contrários à vida e à dignidade humanas, que nós tão bem já conhecemos. Nosso bispo argumentava o ponto de vista da Igreja, de forma sólida e equilibrada. A outra pessoa, a partir de certo momento, perdeu a linha e baixou o nível do debate, atacando de forma contundente a Igreja Católica, e seu posicionamento contra o que ela defendia. Tal pessoa “se disse” católica, mas disse que a Igreja não diz o que ela pode ou não fazer, se pode ou não se separar de um matrimônio e se juntar com outra pessoa; entre outros delírios. Ou seja: contrassenso total.

Imagine alguém que aceita ingressar em um emprego, mas faz suas ressalvas: “eu trabalho aqui, mas a empresa não pode me dizer o que eu posso ou não fazer; eu faço o que quiser, venho trabalhar quando quiser...”. Vai para o “olho da rua” em pouco tempo, e por justa causa... Mal comparando, porque Igreja não é empresa... mas, quando alguém aceita abraçar uma situação qualquer – emprego, religião, associação, organização, ou o que for – aceita, obviamente, as regras da mesma; ou então não aceite e fique de fora! Não dá é para dizer que é isso ou aquilo, e não seguir as respectivas normas; não dá para dizer que é católico, e não aceitar o que a Igreja tem como princípios. Ninguém é obrigado a ser católico: não quer? Paciência, siga o seu caminho, que é outro, não aqui!

Daí vemos a incoerência dessas pessoas adeptas a ideologias contrárias à vida e dignidade humanas. Na verdade, o fundamento dessas ideologias é a negação de Deus; daí decorrem todos os outros males... Eles se manifestam com agressividade, quando alguém lhes desmascara, e eles não conseguem contra-argumentar de forma civilizada: inflamam de ódio! Por isso se inflamam de ódio contra a Igreja, que tem se manifestado clara e corajosamente, sempre, contra esses contra-valores.

Mas não busca a Igreja o diálogo ecumênico (com religiões cristãs), e inter-religioso (com religiões não cristãs)? Não busca a Igreja diálogo com o mundo, com a cultura, com a ciência? Por que então esses ataques gratuitos? Porque se inflamam contra nós, por tentarmos ser sal e luz. Quem está mergulhado em trevas, odeia a luz; então, foge dela, ou então a persegue e tenta destrui-la. De onde vem a intolerância? Nossa, que propomos valores? Obviamente que não; manifestar nossos valores e nossa opinião é um direito. Agora, não é direito agredir quem pensa diferente – como fazem conosco.

Mas temos uma certeza: o inferno não prevalecerá contra a Igreja.

Até a próxima!

Reflexões


Amigos,

De volta ao blog! Desta vez, não se trata de nenhum assunto específico, quero fazer uma reflexão de caráter bem geral. Tenho reparado no comportamento das pessoas, especialmente daqueles grupos que costumam propagar certas ideias e ideologias estranhas e contrárias à vida e à dignidade humanas, ou contra a fé, ou contra o diálogo com a fé. É impressionante como essas pessoas são agressivas no modo de expressar suas ideias, como tentam impor “à força” aquilo que pregam, e como tentam “amordaçar” quem pensa diferente deles. O mais interessante é que conseguimos “costurar” todos esses retalhos que, à primeira vista, podem parecer isolados, quando percebemos o mesmo modus operandi em todas essas situações; e não é por acaso...

Temos visto, em todo o mundo, apologias e a imposição de ideologia de gênero, e também a favor do aborto, da eutanásia, a negação e ataques à instituição familiar, à religião de modo geral – e em particular, à Igreja. Vemos também a população se manifestar, indo às ruas, em diversos países, para dizer que não concordam com isso: com a ideologia de gênero, com o aborto, e todas essas mazelas; os povos se manifestam claramente contra a aprovação de leis, em seus países, que visam implantar tais males. Entretanto, mesmo assim, as leis são (inexplicavelmente!) aprovadas. Digo inexplicavelmente, porque os legisladores, em cada país, são servidores do povo; são eleitos por esse mesmo povo, para representa-los. E não é isso o que acontece! Os legisladores que aprovam, “na marra”, essas leis, estão claramente indo de encontro (ou seja, contra) a vontade das populações dos respectivos países. O que haverá por trás disso tudo...? Percebe-se, claramente, que se trata de algo supranacional; e isto não é um palpite, mas fato perceptível, quando vemos essas coisas acontecerem praticamente ao mesmo tempo, em diversos países de diferentes continentes.

Uma coisa a se destacar, é essa imposição arbitrária de ideias; outra, relacionada, é a perseguição e punição a quem não concordar com essas imposições. Obviamente, nada disso se trata de democracia... Já comentei aqui antes, em uma série de textos intitulados “Ateísmo, racionalismo, socialismo e comunismo” – entre outros comentários relacionados, dispersos em outros textos – sobre as grandes tragédias causadas à humanidade, por tais ideologias de fundo ateísta. De fato, vemos que, quando nega-se a Deus, nega-se também ao homem, desrespeitando-o em seus valores mais nobres. Os regimes políticos baseados nestas ideologias – socialismo, comunismo e assemelhados –, historicamente foram impostos também “à força”, por meio de golpes de estado; e se mantinham por meio de cerceamento de liberdades e inúmeros atos de violência – com “paredões”, campos de concentração, e extermínio de dezenas de milhões de pessoas.

Hoje, diz-se que o comunismo acabou, com a dissolução a antiga União Soviética, e a queda do Muro de Berlim. Será mesmo...? Um comportamento típico destes governos é que procuravam como “perpetuar-se” no poder... parece que não nunca gostaram de “largar o osso”, como diz o ditado popular. Mas isso acabou; será...?

A agressividade dos adeptos de diversas destas ideologias sócio-políticas – assim como das neo-ideologias citadas no início deste texto – é algo marcante. Ai de quem discorde deles! Circulam, nos meios de comunicação, reportagens – incluindo imagens e filmagens – mostrando atos de violência, física ou moral, cometidas por tais extremistas, contra quem não se coaduna a eles:

·         Membros de grupos de feministas agridem membros de religiões, clérigos e templos religiosos; na mesma linha, adeptos de grupos de ideologia de gênero agridem verbalmente líderes religiosos e violam objetos de culto;

·         Leis que aprovam suas ideologias são aprovadas, mesmo contrariamente à vontade do povo;

·         Pessoas que manifestem ideias contrárias às deles – como, por exemplo, a favor da família constituída por casais e filhos – são atacados, punidos e presos;

·         Pessoas religiosas – de diversas religiões – são impedidas de manifestar sua fé, proibidas de usar vestes e símbolos religiosos;

·         As crianças começam a ser doutrinadas para tais ideologias, de forma arbitrária, e contrariamente à vontade, à educação e orientação dadas por muitos pais;

·         Os meios de comunicação são usados também para doutrinar pessoas, por meio de diversos programas de televisão – especialmente novelas – que, aos poucos, vão incutindo na cabeça do povo tais ideologias; povo esse que, muitas vezes, aceita, sem qualquer questionamento, os conteúdos “enlatados” que lhes são lançados.

Quanto ao quarto tópico listado acima – proibição de manifestação de fé – percebemos uma falácia: alega-se que as diferentes religiões fomentariam lutas; então, proíbe-se as pessoas de manifestarem sua fé! Quando a liberdade religiosa, essa sim, seria um caminho coerente para promover a paz.

Quanto ao último tópico listado, percebemos que, raramente, se vê uma novela que exalte a instituição familiar natural (marido, mulher, filhos), mostrando famílias estruturadas e felizes; parece que isso não tem graça, dão dá audiência... O que dá audiência são temas “quentes” (não tão quentes, porém, como o inferno...), como: adultério; tramas onde uns passam outros para trás, com trambiques e mentiras; ideologia de gênero; e por aí vai.

Programas de televisão com bom conteúdo, como ciência, pesquisa, música clássica ou popular de qualidade, entre outros, são pouco divulgados, ou transmitidos em horários em que quase ninguém está acordado para assistir, como sábado de manhã bem cedo... Agora, nos horários nobres, temos: programas de auditório que são alienantes, com apresentadores que falam todo tipo de besteiras, indecências e palavrões... nada que edifique a quem quer que seja! Programas com brigas de famílias e gente se degladiando no palco; novelas alienantes, conforme explicado anteriormente; músicas também alienantes, em todos os sentidos: tanto nas “letras” pobres e que incentivam desconstruções de valores morais e éticos, e “melodias” (que muitas vezes sequer existem!) pobres e alienantes, repetitivas, verdadeiros atentados à inteligência. E nosso povo assiste a tudo isso, e absorve sem questionar... pior ainda! Nossas crianças assistem a todo esse lixo! Que tipo de adultos teremos...? Que tipo de sociedade teremos, num futuro próximo...?

Aliás, nem precisamos falar de um futuro próximo: nós mesmos já vivemos, no presente, as consequências de uma sociedade constituída por adultos que foram (de)formados pela contracultura dos anos sessenta e setenta. A partir dali, negam-se valores morais que dão dignidade ao homem, para se dar vazão a todos os impulsos. Então, todo mundo pode tudo, não há limites! Não se respeita mais o limite dos outros, porque vivemos em uma sociedade hedonista, onde busca-se o prazer, a satisfação e os próprios interesses a qualquer custo, mesmo que isso signifique “passar por cima” de todos à sua volta. Quais são as consequências disso, que já percebemos em nosso meio? Vejamos algumas:

As escolas estão uma completa desordem, seja de conteúdo de matérias, ou moral. Alunos agridem professores; pais se juntam aos filhos para agredirem aos professores, na saída das escolas; alunos se agridem violentamente, dentro e fora das escolas – conforme tantas notícias veiculadas nos meios de comunicação – por motivos muitas vezes banais; isso quando não levam armas de fogo para as escolas para “acertarem as contas” uns com os outros. Ou seja: pessoas que não respeitam nada nem ninguém, vivem fora da lei, e acham que podem resolver tudo “na marra”. Mas, e os regimes sócio-políticos totalitários, que também tanto impuseram suas ideologias “à força” às suas populações, punindo, muitas vezes com o extermínio, quem discordasse deles...?

Onde chegaremos com todo esse desrespeito à vida e dignidade humanas...?

terça-feira, 11 de junho de 2013

Notícias


Amigos,

Tem sido difícil escrever no blog, ultimamente. Resolvi passar por aqui e deixar uma breve notícia para vocês, leitores e seguidores do blog “Ciência e Fé”! Ando muito ocupado, mas assim que aliviar um pouco, volto a escrever e a compartilhar notícias interessantes.

Enquanto isso, o que vocês acham de navegar pelos textos que já escrevi? São muitos! Se você descobriu o blog nesse meio tempo, talvez não tenha acompanhado os mais antigos. Eu faço uso de marcadores, que permitem buscar textos sobre assuntos correlatos. Logo, se têm mais interesse por algum tema em particular, podem navegar diretamente em textos semelhantes!

Boa leitura, e até a próxima (espero que em breve...)!