quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dia do astrônomo


Amigos,

No dia dois de dezembro comemoramos, no Brasil, o dia do astrônomo! O dia foi escolhido em homenagem a D. Pedro II – data de seu nascimento –, por ter sido um entusiasta pelas ciências, especialmente astronomia1. Não sou profissional dessa área, mas os leitores já devem conhecer a minha paixão também pelas ciências básicas, especialmente astronomia e física de modo geral.

Em nosso diálogo entre ciência e fé, a astronomia ocupa um papel de destaque, já que diversos clérigos e religiosos realizaram estudos neste campo do conhecimento, ao longo da história. Podemos citar, por exemplo, Copérnico; dentre diversos outros. Alguns textos do blog tratam sobre este assunto, e afins, como: “Sacerdotes e/ou religiosos cientistas ao longo da história”, “Pe. Georges Lemaître, SJ”, “Calendário Gregoriano” ou “Crateras da Lua com nomes de Jesuítas!”, por exemplo.

Além disso, podemos citar o Observatório do Vaticano, um dos mais antigos observatórios astronômicos do mundo, onde o corpo de cientistas é formado por padres e/ou religiosos – a maioria Jesuítas –, que também possuem formação (a maioria com doutorado) na área de exatas, como astronomia ou outros cursos afins. Logo, não poderíamos ficar de fora da homenagem a estes profissionais!

Os astrônomos fazem ciência contemplando o céu, seja observando fenômenos naturais cósmicos, seja elaborando teorias que tentem explica-los. Mas a contemplação do céu inevitavelmente nos leva também a questionar a beleza e grandeza do universo sob outros aspectos... Além da busca pelo entendimento de como funciona a natureza, outras questões fundamentais surgem, como os porquês, as razões da existência; questões fundamentais que são suscitadas em nosso íntimo, como: De onde vem tudo isso? De onde viemos? Qual o sentido da existência, da vida? Qual nosso destino último? Essas questões não são respondidas completamente pela ciência. A filosofia também auxilia na busca por estas respostas. Em última análise – para nós que conjugamos razão com fé – a Revelação Divina vem também em nosso auxílio. Na verdade, todos esses campos do conhecimento – sejam aqueles do lado da razão (ciência e filosofia), quanto os oriundos da fé –, quando bem conjugados, são complementares e nos ajudam a seguir nossa jornada na busca pela verdade2.

Logo, nossa homenagem aos astrônomos; em particular, àqueles que conjugaram ao longo da história – e ainda conjugam nos dias de hoje – muito bem a ciência/razão com a fé, na a busca pela verdade!


1 Vide notícia na página do Museu de Astronomia e Ciências Afins, no facebook.

2 “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33,8; Sl 27/26,8-9; 63/62,2-3; Jo 14,8; 1Jo 3,2).”, Carta Encíclica Fides et Ratio, de João Paulo II, 1998.

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