sábado, 24 de novembro de 2012

Novos Céus e Nova Terra (2)


Amigos,

Continuando do texto anterior.

Vimos que o Senhor transfigurará toda a criação. Pois bem. A Igreja ensina que, após essa nossa única vida (nossa peregrinação terrena) – recordemos um trecho da Segunda Leitura da Liturgia do Domingo anterior (XXXII do Tempo Comum): Hb 9,27 “O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento.” –, nossa alma se apresenta diante do Senhor, para seu Juízo Particular. Comentamos sobre isso no primeiro texto, “Fim do Mundo...?”. Quanto à alma, lembrem também da série de textos que escrevi aqui no blog, “A Criação”, em que comento sobre nossa natureza material (corpo) e espiritual (alma).

Logo após a nossa morte, nossa alma se encontra com o Senhor. Esse nosso corpo perecível se desfaz; porém, no último dia (Juízo Final, Segunda Vinda de Cristo), nos será dado um corpo imperecível. Vejamos:

1 Cor 15,42-44: “Pois será assim quando os mortos ressuscitarem. Quando o corpo é sepultado, é um corpo mortal; mas, quando for ressuscitado, será imortal. 43 Quando ele é sepultado, é feio e fraco; mas, quando for ressuscitado, será bonito e forte. 44 Quando é sepultado, é um corpo material; mas, quando for ressuscitado, será um corpo espiritual.”

É isso que a nossa Profissão de Fé (Credo) deixa claro, em seu último trecho:

“Creio(...) na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.”

Todos ressuscitarão na carne. Mas, lembremos da passagem Bíblica já citada anteriormente:

Dn 12,2-3 “Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. 3 Mas os que tiverem sido sábios brilharão como o firmamento...”.

Ou, como dizia Dom Estêvão Bettencourt, OSB, em uma de suas apostilas do curso Mater Ecclesiae:

“(...) os justos terão um corpo glorioso; ao passo que os réprobos terão um corpo dito ‘tenebroso’.”

Logo, amigos, precisamos estrar decididos por Cristo, desde já! Trata-se de uma decisão fundamental. Lembremos que Deus nos criou com liberdade; e Ele não nos retira seus dons. A liberdade com a qual o Senhor nos criou é tal que poderia ser (mal) usada ao extremo para rejeitar o próprio Senhor... E Ele não força ninguém a nada. Deus quer a nossa adesão por amor, na liberdade. A Palavra alerta para um fim terrível para aqueles que O rejeitarem totalmente: viver para sempre apartados d’Ele (= estado de vida chamado Inferno). Se a pessoa rejeita Deus, Ele respeita a decisão livre da pessoa. Mas o destino reservado para quem tomasse tal decisão seria terrível, e irrevogável! Vejam que rejeitar a Deus totalmente é justamente o contrário do Primeiro Mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento”.

Porém, se a pessoa decide-se pela adesão ao Senhor, ou seja, se procura viver o Primeiro Mandamento – o que leva a viver todos os outros –, a pessoa vive em comunhão com Deus, desde já até a vida eterna! Se a pessoa alcançar tal grau de santidade, é admitida imediatamente à presença do Senhor (= estado de vida chamado Céu). E que maravilha poder viver na presença do Senhor para sempre!

Reflitamos sobre isso. Isso sim é importante! Não as distrações com crendices sobre o fim do mundo; em 2012, ou conforme o modismo de cada época.

Até a próxima, com a graça de Deus!

Sugestões para consulta:

- Catecismo da Igreja Católica; disponível online no site do Vaticano.

- Blog de Dom Henrique Soares da Costa.

- Texto no blog de Felipe Aquino.

- Apostila “Curso de Antropologia Teológica (e Angeologia)”, de Dom Estêvão Bettencourt, OSB; curso Mater Ecclesiae.

PS: relembro que o fato de citar textos ou vídeos de outras pessoas, não significa que esses endossem o que eu escrevo no blog; os cito como fonte de referência.

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