Amigos,
Falemos
um pouco sobre o ateísmo. Já é bem conhecido por nós que algumas pessoas tentam
justificar seu ateísmo com falsas alegações de que não precisaríamos mais da fé
atualmente, já que “a ciência explica tudo” (sic); logo, a fé não passaria de algo puramente subjetivo, classificada
como fantasiosa, e até mesmo infantil ou supersticiosa. Na verdade, nada mais falacioso que estas afirmações...
“Aprendemos”
na escola que a Idade Média teria sido a “Idade das trevas”, em que a Igreja “teria
impedido” o desenvolvimento científico, intelectual e cultural, que só viria a
florescer depois, com o advento do Iluminismo (Racionalismo, ou Positivismo, como
se queira chamar, conforme as variantes que assolaram a Europa logo após o fim
da Idade Média). Nada mais falacioso também.
A
Idade Média, esta sim (e não o Iluminismo), deve ser chamada a “Idade das luzes”,
dada a efervescência das atividades científicas, intelectuais e culturais que
tiveram vez nesse período da história, e – diga-se de passagem – com participação
muito ativa da Igreja!
É
mentira dizer que a Igreja era
contra o conhecimento e a ciência, quando foi
a Igreja quem criou as universidades na Europa; e quando diversos homens do clero, ou religiosos,
foram atuantes na ciência, muitas vezes dentro dos próprios mosteiros; além
dos diversos cientistas leigos (que
não eram parte do clero nem de congregações religiosas), que professavam abertamente sua fé, sem
qualquer conflito com sua ciência.
É
mentira dizer que a Igreja era
contra as atividades intelectuais, e culturais de um modo geral, quando
constatamos a beleza e a imponência das
Catedrais – grandes obras de arquitetura, numa época em que não havia a tecnologia
atual de construção –, e que ainda hoje estão de pé na Europa, podendo ser
visitadas por quem tiver a oportunidade de fazê-lo; e também as maravilhas das artes a serviço do Sagrado, como a música (por exemplo, canto Gregoriano), e das pinturas e esculturas também presentes
nas antigas igrejas da Europa (por exemplo, a Capela Sistina).
O
Iluminismo jamais foi a “Idade das
luzes”; antes, foi sim a “Idade das trevas”. Idade das trevas de ideias que
levaram as pessoas a endeusar, idolatrar, a razão, como se ela bastasse para
responder a todos os questionamentos humanos. Em que isso resultou? Resultou em
diversas barbaridades que assolaram a humanidade, e que devemos rejeitar com
todas as nossas forças, e banir definitivamente a possibilidade de que essas
coisas se repitam na história. Vejamos.
Esse
movimento racionalista, iluminista, positivista, culminou, no fim do século
XVIII, com a famigerada Revolução Francesa, tão louvada nas aulas de história
que tivemos na nossa época escolar. Louvada com a falsa justificativa de que
foi uma revolução que pregava “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Não
esqueçamos de que, na Revolução, foram executados, na guilhotina, milhares de sacerdotes católicos e religiosas (freiras).
Outras
grandes pragas da humanidade surgiram a partir do materialismo e ateísmo: a ideologia marxista e os regimes daí derivados, como o
socialismo e o comunismo, com base em “pensadores” ateus do século XIX, como Marx, Engels,
Nisetzsche e Comte.
Diante
disso, questionemos: como pode uma pessoa em sã consciência defender regimes
sociais e políticos que tantos males causaram à humanidade, como o socialismo e
o comunismo? Que tantos milhões de pessoas exterminaram, para atingir seus
sórdidos objetivos? Me entristece lembrar que, em minha época de escola, os
professores de estudos sociais nos apresentavam essas pragas como se fossem ideais
a serem seguidos, de justa divisão de bens entre as pessoas... Mas escondiam de
nós os males causados por esses regimes, as violações da liberdade, da
dignidade e da vida exercidas para impor esses regimes em seus países!
Para
nós, católicos, tanto o socialismo quanto o comunismo são incompatíveis com
nossa fé – tanto quanto o ateísmo também o é. Isso porque
esses regimes são ateístas em sua raiz (ainda que possam se apresentar
disfarçados de outras formas). Para pessoas de outros credos, deveriam ser incompatíveis
também, já que historicamente esses regimes tanto atentaram contra a vida
humana.
A
ciência, a filosofia, o uso da razão, enfim, nada têm a ver com materialismo,
iluminismo, racionalismo ou positivismo. Lembremos do Preâmbulo da Carta
Encíclica Fides et Ratio, do
Beato João Paulo II:
“A fé e a razão (...) constituem como que as duas asas pelas
quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. (...)”
Reflitamos
sobre tudo isso.
(Texto modificado em 25/06/2014).
(Texto modificado em 25/06/2014).
Sugestões
de leitura:
-
Carta
Encíclica Fides et Ratio, do
Beato João Paulo II.
-
Felipe Aquino, Ciência e Fé em harmonia,
Editora Cléofas, 2004.
-
Felipe Aquino, Uma História que não é Contada,
Editora Cléofas, 2008.
-
Thomas E. Woods Jr., Como a Igreja
Católica Construiu a Civilização Ocidental, Quadrante, 2010.
(Modificado em 15/02/2019).
(Modificado em 15/02/2019).
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