segunda-feira, 30 de março de 2020

Publicação na versão digital do Jornal "Ecos de Lourdes"

Caros leitores do blogue,

Conforme já comunicado anteriormente, o Jornal "Ecos de Lourdes", da Basílica Nossa Senhora de Lourdes, tem publicado mensalmente textos do autor deste blogue, desde maio de 2018. Neste próximo mês, devido às restrições colocadas pelas autoridades frente à pandemia do Covid-19 (Corona vírus), a edição será apenas em meio digital. Portanto, para ler o texto da Coluna "Ciência e Fé", somente acessando o Jornal via:


também acessível a partir do site da Basílica.

Boa leitura! Ajude a divulgar o blogue e também o Jornal.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Padres médicos: homens que zelam pela alma e pelo corpo


Caros leitores,

Vejam que interessante notícia! São histórias de dois padres, na Itália, que também são médicos, e também cuidam dos doentes, exercendo a medicina. Que maravilha!

Pe. Alberto Debbi, de 44 anos, formou-se em medicina antes de ingressar no seminário. Tendo chegado a exercer a medicina antes de ser ordenado sacerdote, agora volta a exercer antiga profissão, auxiliando seus colegas no atendimento ao elevado número de vítimas do Corona vírus.

O outro caso, é do Pe. Fabio Stevanazzi, de 48 anos que, tendo exercido a medicina durante dez anos, voltou a exerce-la após ordenado sacerdote, a pedido de seu Bispo, na África (Etiópia e Tanzânia).

Como são insondáveis os mistérios de Deus!

Vejam a notícia no seguinte link.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Em tempos de pandemia: fé e prudência (2)


Amigos,

Em continuação ao texto anterior, resolvi tecer mais um comentário, que tinha deixado de fora antes.

Mais uma vez, reforçando o que já foi escrito: usemos a fé e a razão em conjunto. A fé nos ajuda a não entrar e desespero ou pânico com a pandemia, a razão nos leva a sermos racionais o suficiente para seguirmos as orientações das autoridades de saúde, ou das diferentes esferas de governos. Fé e razão: confiança em Deus e prudência.

Não é razoável para nós, que professamos fé, entrarmos em desespero (=falta de esperança). Tampouco, podemos ter uma fé ingênua que nos leve a nos arriscarmos, porque “Deus irá nos socorrer”. Faz parte de nossas ações, evitarmos o perigo: Deus nos deu capacidade para raciocinarmos e evitarmos o perigo, tanto físico quanto espiritual. Lembremos das tentações que Jesus sofreu no deserto, conforme o Evangelho que ouvimos no Primeiro Domingo da Quaresma, particularmente desta:

Mt 4,5-7: “5 Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6 e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’ ”. 7 Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’ ””

Ou seja: o fato de termos fé em Deus, não significa que iremos arriscar nossa vida (esta ou a vida externa), desnecessariamente[1], achando que Deus irá nos socorrer, o que quer que façamos. Logo, não podemos colocar nossa saúde em risco, achando que Deus irá nos proteger mesmo assim. Não que Ele não nos proteja, mas também nos deu inteligência o suficiente para sabermos que devemos preservar nossa saúde física e nossa vida (seja esta ou a futura).

Portanto, façamos a nossa parte, seguindo as orientações das autoridades, e continuemos em oração, pedindo ao Senhor que nos livre desta praga.

Podemos também aproveitar a quarentena para nos aprofundarmos na Quaresma, com orações e outros exercícios espirituais.



[1] Estão excluídas as pessoas que atuam diretamente na contenção, diagnóstico e tratamento da doença.

sábado, 14 de março de 2020

Em tempos de pandemia: fé e prudência


Amigos,

Estamos vivendo um momento de “tempestade”, devido à pandemia do Corona vírus. O que fazer? A solução é equilíbrio: nem pânico, nem negligência; mas sim fé e prudência.

Pânico e desespero não são atitudes de quem tem fé, nem racionais; a palavra “desespero” significa, literalmente, falta de esperança. Nós somos pessoas que professam a fé no Deus vivo. Logo, nada de desespero. Porém, ser negligente com a pandemia também não é uma atitude condizente com nossa fé. A fé não dispensa que estejamos atentos às orientações transmitidas pelos profissionais e serviços de saúde, e pelas autoridades constituídas, nas diversas esferas.

Não é a primeira vez que a humanidade é assolada por pragas. Ao logo da história, houve outros casos gravíssimos, como a Peste Negra e a Gripe Espanhola. Mais recentemente, tivemos a Gripe Aviária e a Gripe Suína. Porém, o atual vírus tem se mostrado muito preocupante, devido à velocidade com que tem se disseminado por diversos países, e pela velocidade de alastramento dentro de uma população local que, em dado momento, leva a um crescimento abrupto do número de infectados, caso não sejam tomadas as medidas preventivas necessárias. A preocupação é real e justa. Porém, o pânico, não.

De outra parte, é uma demonstração também de fé – e de bom uso da razão – seguir, com equilíbrio e sobriedade, as orientações necessárias para precaução, conforme transmitidas por autoridades, sejam da área de saúde, ou governamentais. Lembremos que a própria Igreja orienta que os médicos (extensivo aos diversos profissionais de saúde) são uma bênção para nós. Vejamos:

Eclo 38,1-15: “1 Honra o médico por causa da necessidade, pois foi o Altíssimo quem o criou. 2 (Toda a medicina provém de Deus), e ele recebe presentes do rei: 3 a ciência do médico o eleva em honra; ele é admirado na presença dos grandes. 4 O Senhor fez a terra produzir os medicamentos: o homem sensato não os despreza. 5 Uma espécie de madeira não adoçou o amargor da água? Essa virtude chegou ao conhecimento dos homens 6 O Altíssimo deu-lhes a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas; 7 e dela se serve para acalmar as dores e curá-las; o farmacêutico faz misturas agradáveis, compõe unguentos úteis à saúde, e seu trabalho não terminará, 8 até que a paz divina se estenda sobre a face da terra. 9 Meu filho, se estiveres doente não te descuides de ti, mas ora ao Senhor, que te curará. 10 Afasta-te dos pecados, reergue as mãos e purifica teu coração de todo pecado. 11 Oferece um incenso suave e uma lembrança de flor de farinha; faze a oblação e uma vítima gorda. 12 Em seguida dá lugar ao médico, pois ele foi criado por Deus; que ele não te deixe, pois sua arte te é necessária. 13 Virá um tempo em que cairás nas mãos deles. 14 E eles mesmos rogarão ao Senhor que mande por meio deles o alívio e a saúde (ao doente) segundo a finalidade de sua vida. 15 Aquele que peca na presença daquele que o fez, cairá nas mãos do médico.”

Destaquemos também, na passagem Bíblica acima, a orientação que nos é dada para dirigirmos orações a Deus, em situações de doença; assim como, também, a necessidade de conversão e abandono dos pecados.

Logo, resumindo o que devemos fazer:

Ter fé em Deus, o que nos deve levar a dirigir-Lhe preces, com plena confiança, e nos deve levar também a um movimento de conversão a Ele. Por outro lado, devemos também confiar e seguir as orientações médicas e de saúde pública, para que possamos evitar e superar os problemas causados pelas doenças; por esta, em particular.

Deus nos ajude a superar esta praga. Rezemos, e façamos o que estiver ao nosso alcance.


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