sábado, 8 de junho de 2019

Morte e Ressurreição de Jesus (texto publicado no Jornal)

Caros leitores do blogue!

Conforme comentamos em janeiro deste ano, temos publicado textos sobre ciência e fé, e assuntos relacionados, no Jornal paroquial Ecos de Lourdes, da Basílica Nossa Senhora de Lourdes. Pretendemos também publica-los novamente aqui no blogue, após as publicações no Jornal, em princípio, na ordem cronológica em que foram publicados. Porém, neste caso, como o assunto está relacionado à Pascoa, está sendo publicado novamente logo após sua publicação no Jornal de maio último.

Segue o texto. Boa leitura!

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Caros leitores, este tema é muito apropriado a esta coluna, sobre o diálogo entre ciência e fé. Vejamos. No Credo, destaquemos a seguinte parte, que se refere a Jesus: “(...)padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus(...)”. Ou seja: Jesus realmente morreu e ressuscitou. Se não acreditássemos em sua morte, não poderíamos crer na sua ressurreição.

Lembremos de Maria Madalena, que viu Jesus ressuscitado quando fora até o seu túmulo (Mc 16,9-15 e Jo 20,11-18). Ela não O reconheceu logo; achando que se tratasse do jardineiro, perguntou se ele havia tirado dali o corpo de seu Senhor... Ela só reconheceu Jesus quando Ele a chamou pelo nome. E, ao dar a notícia aos Apóstolos, estes não creram logo nela. Lembremos também do encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos de Emaús, que também não O reconheceram num primeiro momento, tendo um deles até repreendido Jesus (sem saber que se tratava d’Ele), por ter perguntado o que iam conversando pelo caminho... Só O reconheceram ao partir o pão. Há ainda São Tomé, que não acreditou no testemunho dos Apóstolos, até ver e tocar as chagas de Jesus ressuscitado (Jo 20,24-29). Em outro momento, Jesus chegou mesmo a comer com seus discípulos (Lc 24,35-42 e Jo 21,1-14).

Destas passagens, vemos que os discípulos de Jesus tinham a certeza de sua morte. Vemos também que Jesus não era um fantasma (como Ele mesmo disse a São Tomé), pois um fantasma não tem corpo. E São Tomé nos dá o testemunho da realidade do corpo glorioso de Jesus! Vejamos o que diz o Catecismo:

CIC 645: “Jesus ressuscitado estabelece com seus discípulos relações diretas, em que estes o apalpam e com Ele comem. Convida-os, com isso, a reconhecer que Ele não é um espírito, mas sobretudo a constatar que o corpo ressuscitado com o qual Ele se apresenta a eles é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois ainda traz as marcas de sua Paixão. Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso: não está mais situado no espaço e no tempo, mas pode tornar-se presente a seu modo, onde e quando quiser, pois sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai. Por esta razão também Jesus ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quiser: sob a aparência de um jardineiro ou ‘de outra forma’ (Mc 16,12), diferente das quais eram familiares aos discípulos, e isto precisamente para suscitar-lhes a fé.”

CIC 643: “Diante desses testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. (...)os discípulos (...)não creram de imediato na notícia da ressurreição. Longe de nos falar de uma comunidade tomada de exaltação mística, os Evangelhos nos apresentam os discípulos abatidos, ‘com o rosto sombrio’ (Lc 24,17) e assustados. (...)Por isso, a hipótese segundo a qual a ressurreição teria sido um ‘produto’ da fé (ou da credulidade) dos apóstolos carece de consistência. Muito pelo contrário, a fé que tinham na Ressurreição nasceu – sob a ação da graça divina – da experiência direta da realidade de Jesus ressuscitado.”

Ou seja: não foram os discípulos que quiseram acreditar; eles passaram a acreditar porque viram e viveram a experiência de Cristo ressuscitado! A ordem dos fatos é inversa. Tenhamos sempre claro que a ressurreição de Jesus é fato verdadeiro, sem a qual vã seria a nossa fé (I Cor 15, 12-14).


Carlos Alexandre F. Jorge,
Regente do Coral Santa Bernadette e
integrante do Coral Opus.

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Obs.: A assinatura ao fim do texto consta da publicação no Jornal paroquial “Ecos de Lourdes”, para a qual é solicitado identificar a pastoral ou grupo ao qual pertence o autor do texto.

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