Amigos,
Dando sequência
às reflexões que tenho compartilhado aqui no blog, por ocasião da Semana da
Família, segue mais este texto. Em uma publicação anterior deste blog, “Fecundação:
Início da Vida Humana”, já comentamos sobre a verdade científica acerca do
início da vida humana com a fecundação. Sendo assim, consideremos agora mais
atentamente a questão da fertilização artificial, in vitro, tão em voga hoje em dia.
Sabemos que
muitos casais têm recorrido a este artifício, para conseguirem ter filhos biológicos.
O que ocorre neste tipo de “tratamento”? O homem tem espermatozoides coletados,
assim como a mulher também tem óvulo coletado, e a fecundação ocorre de forma
artificial, em laboratório. Isto já é algo que fere a moral, uma vez que uma
nova vida humana é gerada na frieza de um tubo de ensaio, ao invés do calor do
ventre materno, como fruto de uma relação sexual ocorrida naturalmente entre o
casal. Porém, além disso, devido à grande dificuldade de fazer com que um
embrião gerado desta forma vingue, quando implantado no útero da mãe, são
produzidos diversos embriões artificialmente. Aqui há um ponto que precisamos
relembrar: com a fecundação, tem origem uma nova vida humana; não se trata de um “amontoado” de células, como querem
fazer crer alguns.
Bem, tendo isto
em mente, prossigamos. Primeiramente, é realizada uma seleção entre os diversos
embriões gerados in vitro, de forma
que apenas alguns são implantados no útero da mãe. Mesmo assim, isto já é feito
sabendo que, dos embriões implantados no útero materno, poucos têm a chance de
vingar; muitas vezes, de um certo número de embriões implantados em um
procedimento, nenhum deles vinga. Tanto é assim, que esta dificuldade levava os
médicos a implantarem um número elevado de embriões no útero materno, a fim de aumentar
as chances de que algum deles vingassem. Porém, apesar desta baixa
probabilidade, há casos em que múltiplos gêmeos vingam, correndo risco eles
mesmos e a mãe. Por isso, atualmente o número de embriões implantados tem sido
limitado.
A seleção que se
faz dos embriões que serão implantados é algo extremamente cruel, uma vez que,
aqueles que não são implantados estão condenados a jamais se desenvolverem... São
vidas humanas, geradas, porém impedidos
de nascerem! Cada um de nós também foi um zigoto, tendo passado pelos diversos
estágios embrionários, depois fetos, até nascermos, crescermos e nos tornarmos
o que somos hoje! Imagine quantas pessoas são geradas em laboratórios, impedidas
de atravessarem todos estes estágios naturais do desenvolvimento da vida
humana! Cada um destes, poderia estar hoje, no mundo, ao nosso lado, convivendo
conosco, trazendo alegria a seus pais! E, tragicamente, são seus pais mesmos
que compactuam com esta cruel condenação.
Existe algo que
justifique tal maldade? O que poderia justificar? Uma vontade muito grande de
ser pai ou mãe biológicos? Trata-se de amor? Um amor que “justifica” a seleção
de quais filhos podem se desenvolver e nascer, e quais estarão condenados a
jamais nascerem? Amor comporta isso...?
Precisamos
respeitar a natureza. Tratamentos médicos não podem servir para brincar com a
vida de outros seres humanos. Um casal não pode ter filhos? Adote um. Trata-se
de uma solução de amor, e resolve dois problemas de uma vez: a dos casais que
desejam ser pais e não podem, por algum impedimento (de saúde ou idade); e a
das crianças abandonadas que tanto desejam ter o amor de pais adotivos, já que
seus pais biológicos, por razões diversas, não estão presentes. O amor
ultrapassa laços de sangue. Isso sim é solução de amor, que respeita a vida humana;
e não, um capricho ou obstinação sem limites.
Não sei se, por
diferentes motivos, pode haver casais que se submetem a estes “tratamentos”,
sem ter plena consciência da gravidade daquilo que fazem, por terem sido
enganados por médicos que lhes tenham “garantido” que os embriões nos primeiros
dias não são vida humana. Mas há também casos em que as pessoas procuram “se
convencer” de que não se trata de vida humana, para ficarem “tranquilas”;
relativismo moral: manipulam a verdade para justificar seus fins.
Para concluir,
como conciliamos ciência com fé, lembremos de que cada ser humano é dotado de
uma alma imortal, criada por Deus para cada vida humana que surge. Nós somos criados
à imagem e semelhança de Deus. Esta realidade torna mais horrenda ainda a
fertilização artificial! Uma alma humana, em um embrião mantido congelado, por
quanto tempo... impedida de passar pelo trajeto natural da peregrinação
terrena, até o fim natural da vida...?
Até a próxima, e
saibamos respeitar a vida, especialmente a do inocente, como é o caso de um
nascituro!
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