Amigos,
Tenho
ficado chocado com o grau de alienação de um certo número de pessoas, através
de textos nas redes sociais... O que me levou a escrever este texto.
O
tema sobre a verdade tem sido abordado em diversos textos, aqui no blog, já que
está diretamente relacionado à ciência/razão e à fé; lembremos da frase do
Beato João Paulo II, em sua Carta Encíclica Fides et Ratio:
“A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o
espírito humano se eleva para a contemplação da verdade(...).”. Logo, a busca
pela verdade é com a gente mesmo!
Parece
um mistério como alguém consegue permanecer com tamanho endurecimento de
coração e cegueira intelectual, para recusar aceitar a verdade, quando esta se
apresenta... Me faz lembrar aquele ditado popular, que diz que “o pior cego é
aquele que não quer ver”. De fato! Parece uma espécie de lavagem cerebral, uma
cegueira, um bloqueio, que impede alguns de darem um passo à frente.
Nenhum
de nós é sobre-humano: todos nós somos humanos, com todas as qualidades que
isso representa, assim também como com todos os defeitos e limitações inerentes
à nossa condição. Porém, enquanto alguns conseguem ter uma abertura maior
diante da verdade, parece que outros “endurecem” diante dela, recusando a aceita-la...
Cito
algumas experiências pessoais que, no entanto, certamente são semelhantes a de
muitos. Eu já estive à deriva quanto à fé, em um passado mais remoto: estive
entregue a falsas doutrinas em algumas épocas, e em outras, árido de fé. Mas quando
eu fui apresentado à nossa fé, ao reconhecer que se tratava de algo melhor, comecei
a dar passos para abandonar o passado. Não digo que o fiz com facilidade – na verdade,
tive dificuldade sim. Mas não pode ser uma dificuldade permanente! Tem um
momento em que a nossa própria razão nos mostra que algo estava muito errado
antes, e que estamos, agora, diante da luz. O que fazer? Apegar-se às trevas do
passado, por pura teimosia, quando vemos que estamos diante de algo melhor e
verdadeiro? A primeira sensação, quando temos essas desilusões com crenças e
convicções antigas, ao serem desmascaradas, é uma decepção mesmo: percebemos o
quanto perdemos tempo com algo que não nos levava a nada de bom! Que fomos
iludidos por tanto tempo... Mas o que fazer então? Se rebelar e insistir no
erro? A própria sensação de ilusão e engano deve nos levar a abandonar, o mais
rápido possível, aquilo que tanto nos levou ao engano, que nos fez de trouxas
por tanto tempo! Diante das trevas e da luz, mesmo que tenhamos estado
mergulhados nas trevas do engano por muito tempo, a decisão inteligente é
buscar a luz!
Digo
o mesmo com relação a outra experiência pessoal: por muitos anos, desde a época
escolar, fui exposto à ilusão de que o socialismo e o comunismo seriam grandes
ideais a serem perseguidos, como utopias que levariam a um mundo melhor, mais
justo, com justa divisão de bens... Não é fácil quando, após tantos anos de
ilusão, nos deparamos com a verdade nua e crua do quão cruéis estes regimes
foram, nos países em que foram implantados! Mas o que fazer então, diante de
tal descoberta? Endurecer, e permanecer no erro? Claro que não!
Uma
coisa é ser enredado pelo erro, sem ter consciência disso; bem outra, é
insistir no erro, mesmo após tomar conhecimento do que se trata! No primeiro
caso, questiona-se até mesmo se há culpa, já que a pessoa não tinha plena
consciência dos erros em que estava envolvido: lutava por aqueles ideais,
porque acreditava piamente que se tratavam de um bem; no segundo caso, não se
pode dizer isso, pois, além da possibilidade de plena consciência, há também o
consentimento deliberado por insistir no erro...
Uma
coisa que me passou pelo pensamento é a situação de cada um diante da salvação:
o que cada um escolherá, em decisões importantes durante a vida? Trevas ou luz?
E na iminência do fim da vida de cada um, como estará seu posicionamento em
relação à verdade...? A pessoa, diante das trevas e da luz, correrá para a luz,
que dissipa todas as trevas; ou fugirá da luz, com medo de que seus erros sejam
trazidos à tona...? Escolherá a luz, escolherá a Cristo, reconhecendo-se
pecador e necessitado de sua misericórdia, decidindo-se pela luz, pelo Céu? Ou,
com medo de que a luz traga à tona seus erros e crimes – que podem ser perpetrados
às escondidas, nas trevas –, e fugirá dela, escolhendo a Condenação Eterna, o
Inferno...?
É
bom que façamos, desde já, a sábia escolha pela luz, abandonando as trevas;
para que esta seja a decisão final de cada um, a qual já estamos acostumados a
fazer ao longo da vida. Afinal, ninguém sabe quando sua vida estará na
iminência do fim... Escolhendo sempre as trevas durante a vida, se for pego de
surpresa pelo perigo de morte, terá tempo de escolher a luz no último momento,
ou sua escolha pelas trevas já terá sido feita em diversas ocasiões durante a
vida...?
Esse
raciocínio, antes de assustar quem quer que seja, deve servir para reflexão, e
para cada um acordar.
Para
esclarecimentos quanto à questão das ideologias do socialismo e comunismo,
sobre as quais escrevi resumidamente neste texto, sugiro outros textos do blog,
como o “Ateísmo,
racionalismo, socialismo e comunismo”, e outros desta série; podendo o
leitor procurar também, por exemplo, pelos marcadores “ateísmo” ou “comunismo”. As referências e
citações também são muito úteis!
Até
a próxima!
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