Amigos,
Temos sido tomados
de assalto por manchetes sensacionalistas, nos últimos tempos, desde a eleição
do Papa Francisco e, em particular, recentemente, devido à Jornada Mundial da
Juventude no Rio de Janeiro, Brasil. Nós estamos acostumados a buscar a
verdade, e nada menos que a verdade; no que a razão e a fé tanto nos auxiliam1.
Busquemo-la também quando nos depararmos com as notícias nos meios de
comunicação.
Temos ouvido a
imprensa não católica alardear, desde a eleição do Papa, como se, devido ao seu
temperamento extrovertido e comunicativo, ele fosse fazer grandes “mudanças” ou
“reformas” na Igreja. Diga-se de passagem, o que essas pessoas esperam do Papa
é a liberação de todas as barbaridades e aberrações que tanto apregoam por aí,
como: legalização do aborto (incluindo pílula do dia seguinte); imposição, à
força, na sociedade, da ideologia de gênero (“gayzista”), com a legalização da
união de homossexuais, e da adoção de crianças por estes; liberação do uso de
preservativo sexual e de contraceptivos, e de sexo livre e
promiscuidade – inclusive para aqueles ainda em idade escolar; entre outras
mazelas.
De outra parte,
temos visto pessoas da famigerada teologia da libertação marxista – tão
comentada aqui neste blog –, que vêm como que ressurgindo do passado,
alardeando que o Papa Francisco iria também promover uma “ruptura” com os
Pontificados anteriores – especialmente de Bento XVI e João Paulo II, que
trataram de colocar ordem na casa, quanto aos marxistas infiltrados na Igreja.
Por outro lado ainda,
temos, infelizmente, pessoas que não conseguem aceitar – e em alguns casos
diríamos até mesmo suportar – o que é sagrado na Igreja, em particular, a
Liturgia. Vemos ações de dessacralização nas missas, em diversas partes. Parece
que a missa não pode mais ter a sacralidade que sempre teve nesses dois mil
anos; o negócio agora é fazer tudo que seja simpático e agradável às pessoas, a
fim de juntar cada vez número maior de “fiéis”. As missas parecem mais shows ou
apresentações de auditório, entretenimento, diversão, tudo enfim, menos aquilo
que realmente são: sagradas!
Em todos esses
casos, encontram-se pessoas que antipatizavam, em particular, com o predecessor
do Papa Francisco: o Papa Bento XVI. Agora que ele saiu do Pontificado, parecem
querer festejar, como se o Papa Francisco fosse fazer todas as suas vontades:
uns (pessoas de fora da Igreja), querem que o Papa libere todas suas imoralidades,
como se a Igreja tivesse que se dobrar ao mundo moderno, tornando-se mundana
para a se adequar à realidade (sic);
outros (marxistas infiltrados na Igreja), acham que ele vai romper com os
Pontificados anteriores, por ter se declarado a favor dos pobres, e acham que
isso significa uma suposta simpatia com suas ideologias malévolas, de fundo
ateísta; outros ainda (que acham a Liturgia enfadonha), pensam que, com seu
jeito extrovertido, ele vai liberar as missas com clima de show e espetáculo,
deixando de lado a sacralidade, para fazer da Igreja algo como um grande palco
de variedades para atrair “fiéis” a qualquer custo – ainda que isso signifique
desprezar a nossa fé.
Então, ficam
fazendo esse jogo, de disseminar mensagens e notícias com suas impressões, ou
com aquilo que gostariam que fosse feito pelo Papa. Pior ainda, por vezes distorcem
os discursos do Papa Francisco, criando manchetes escandalosas, retirando
trechos de suas falas, do contexto em que foram ditas, a fim de confundir os
menos avisados.
Aos de boa
vontade, precisamos alertar para essas falácias. Daí, escrever mais este texto
no blog.
Continua no
próximo.
1 “A fé e a razão (fides et
ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se
eleva para a contemplação da verdade”, Carta
Encíclica Fides et Ratio do Sumo
Pontífice João Paulo II aos Bispos da Igreja Católica sobre as Relações entre
Fé e Razão, 1998.
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