domingo, 19 de agosto de 2012

Aniversário do Blog!





 











Amigos,

Parece que foi ontem que (re)começei este desafio: escrever um blog sobre o diálogo entre ciência e fé! Lá se vai um ano, desde aquele 19 de agosto de 2011! Todos sabemos que há muitos preconceitos e equívocos neste tema... Infelizmente, “aprendemos” na escola que ciência seria inimiga da fé de modo geral, e em particular, que a Igreja seria contra a ciência. Sabemos que houve, de fato, conflitos, em certas épocas, que devem ser julgados dentro de seu contexto histórico; e sobre os quais o então Papa João Paulo II se já pronunciou.

Mas o que não é dito é que houve também épocas de diálogo muito frutuoso entre ciência e fé, entre Igreja e ciência:

·       houve diversos sacerdotes e/ou religiosos cientistas ao longo da história;
·       o Observatório do Vaticano é um dos mais antigos observatórios astronômicos do mundo – considerando a época de sua origem, antes da suspensão e restauração da ordem dos Jesuítas;
·       o Observatório do Vaticano é fortemente atuante ainda hoje, com seu corpo de sacerdotes cientistas, em grande parte doutores em algum campo relacionado à física ou astronomia;
·       foi a Igreja quem criou as universidades;
·       conhecimento da antiguidade foi preservado (e retransmitido), das destruições provocadas pelas invasões bárbaras durante a Idade Média, através do árduo trabalho dos monges copistas, nos diversos mosteiros;
·       os povos bárbaros foram aos poucos se tornando civilizados, a partir de um trabalho sério de evangelização da Igreja, durante a Idade Média;
·       a Idade Média, longe de ser a idade das trevas, pode ser chamada a idade das luzes, devido à forte efervescência científica – diga-se de passagem, com ativa e intensa atuação da Igreja;
·       o que é chamado Iluminismo, na verdade causou uma ruptura no até então frutuoso diálogo entre fé e ciência, “endeusando” a razão, como se esta fosse a única capaz de fornecer as respostas a todos os anseios humanos;
·       Galileu nunca foi queimado na fogueira pela Igreja... morreu católico, recebendo os sacramentos;
·       Copérnico – homem do clero – propôs a teoria heliocêntrica, que à época não ficou tão conhecida, até Galileu trazê-la à tona novamente, defendendo esta teoria;
·       um dos cientistas que propôs a teoria do Big Bang foi um sacerdote Jesuíta, Pe. Georges Lemaître, SJ;
·       ainda hoje há sacerdotes e/ou religiosos com forte atuação em diversos campos da ciência...
...entre outras coisas.

Sei que, quando respondi a este chamado, que falava alto em meu íntimo, estava aceitando um duro desafio. Mas Aquele que chama, não nos deixa abandonados; antes, nos sustenta.

Logo, agradeço a Deus, por este período de um ano em que eu escrevo este blog! Tudo o que eu tenho, vem d’Ele! O gosto pela ciência não é uma aptidão que eu inventei; recebi do alto. Mais ainda, a sede pela verdade também é consequência daquilo que podemos chamar uma “saudade” do Altíssimo, Autor de tudo, Autor de nossas vidas, somente em quem nós repousaremos. Essa sede e busca pela verdade, a Carta Encíclica Fides et Ratio explica muito bem, e é inerente a todo ser humano! Uma vez incendiado dessa sede pela verdade, por que não tentar contagiar a outros...? Sabemos que, ainda que esta seja inerente ao ser humano, muitos vivem como que adormecidos, muito preocupados apenas com as coisas corriqueiras ou imediatas. Claro que temos nossas preocupações diárias; mas nossa vida ficaria um tanto monótona e sem sentido, se não tivéssemos questionamentos mais fundamentais; como bem diz a Fides et Ratio:

25. “ ‘Todos os homens desejam saber’1, e o objeto próprio desse desejo é a verdade.”

1Aristóteles, Metafísica, I, 1.

4. “Impelido pelo desejo de descobrir a verdade última da existência, o homem procura adquirir aqueles conhecimentos universais que lhe permitam uma melhor compreensão de si mesmo e progredir na sua realização. Os conhecimentos fundamentais nascem da maravilha que nele suscita a contemplação da criação(...) Sem tal assombro, o homem tornar-se-ia repetitivo e, pouco a pouco, incapaz de uma existência verdadeiramente pessoal.”

Então, sigamos em frente, nesse maravilhar-se com a criação... e com o Criador!


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