Caros leitores!
Conforme divulgamos
em 13 de janeiro de 2019, temos publicado textos relativos ao assunto sobre o
diálogo entre ciência e fé, e outros temas correlatos, no Jornal paroquial Ecos
de Lourdes. Sempre agradecendo pela oportunidade, reproduzimos aqui o segundo
texto publicado neste Jornal, em junho de 2018.
Sugerimos também acessar o link do Jornal, onde sua versão
eletrônica pode ser consultada.
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Não, de forma alguma podemos afirmar que a Idade Média seja a “Idade
das trevas”. Este “refrão” é propagado por pessoas contrárias à Igreja Católica.
Alguns, ainda, repetem simplesmente o que ouviram, sem uma verificação mais
cuidadosa.
A Idade Média foi efervescente em desenvolvimento intelectual, científico
e artístico/cultural. No Século V, com a queda do Império Romano, o continente
Europeu poderia ter sido devastado pelos bárbaros, não fosse a atuação da
Igreja. Monges resguardaram muito da cultura da Antiguidade, e do conhecimento
dos antigos filósofos que, do contrário, teriam sido perdidos. Nos Mosteiros,
escritos antigos eram reproduzidos pelos monges copistas.
Entretanto, novos conhecimentos foram também produzidos nestes
ambientes, onde o estudo era valorizado. Nesta época, muitos cientistas eram
homens da Igreja, e ciência era produzida também dentro dos mosteiros.
Durante a Idade Média, a Igreja Católica deu origem às
universidades, onde os estudos não se restringiam a filosofia e teologia, mas
envolviam diversos campos do conhecimento. Se, hoje, nós temos as
universidades, somos gratos à Igreja.
Neste período, monges se encarregaram de organizar o canto para
a liturgia, a partir do conhecimento musical que havia desde a época das sinagogas:
surgia o canto Gregoriano. A partir dele, novas formas musicais tiveram origem,
resultando na polifonia, nas orquestras, e na música que hoje conhecemos.
Todos nós também já vimos imagens de catedrais, que representam
bem a Idade Média. Foram construídas sem a tecnologia de que dispomos
atualmente, e ainda hoje sua beleza e harmonia refletem a grandeza de Deus.
Quanta produção de conhecimento e cultura: nas ciências, na
música, na arquitetura, nas artes em geral! Podemos afirmar que a Igreja
Católica foi a construtora da civilização ocidental. Tudo isso ocorrido durante
a Idade Média. Como alguém pode denomina-la “Idade das trevas”? Tal afirmação
não se sustenta, à luz dos fatos históricos. Como vimos no texto anterior, de
maio de 2018, há quem coloque a Igreja contra a ciência, o que já vimos ser
falso. Há quem denomine a Idade Média “Idade das trevas”, ideia também falsa. Esqueçamos
os preconceitos, e busquemos sempre a verdade. Como disse o Senhor:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).
Carlos
Alexandre F. Jorge,
Integrante do Coral Opus.
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Obs.: A assinatura ao fim do texto consta da publicação no
Jornal paroquial “Ecos de Lourdes”, para a qual é solicitado identificar a
pastoral ou grupo ao qual pertence o autor do texto (à época, eu integrava
apenas o Coral Opus).
(Corrigido em 29/05/2019: data da publicação deste texto no Jornal Ecos de Lourdes, em junho de 2018).
(Corrigido em 29/05/2019: data da publicação deste texto no Jornal Ecos de Lourdes, em junho de 2018).
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