sábado, 15 de junho de 2013

Reflexões (2)


Amigos,

Continuando nossa reflexão sobre as ideologias contrárias à vida e dignidade humanas, e sobre o autoritarismo e agressividade de seus adeptos. Eu havia comentado sobre as ideologias sócio-políticas de fundo ateísta: socialismo, comunismo, e assemelhadas; e sobre os regimes totalitários nelas baseados, nos países em que foram implantados, à época, e sobre a violência com que foram impostos e mantidos: golpes de estado, extermínios, campos de concentração, “paredões”, entre outras mazelas.

Apesar destes regimes terem caído, em algumas partes do mundo (em algumas partes ainda se mantêm, infelizmente), seus adeptos não parecem ter desistido. O problema é que, agora, são mais sorrateiros. Antes, se impunham às custas de golpes e violência; agora, através de “doutrinações” (vide séries de textos anteriores, neste blog, com este título), que atacam mais através dos costumes, de forma mais “cultural”. Ideologias estranhas – conforme citadas no texto anterior – são oferecidas aos povos, através dos meios de comunicação; impostas para serem cumpridas, sob pena de punição, mesmo sem a concordância de grande parte das populações de diversos países.

Mas a lavagem cerebral não é só contra a vida e a dignidade humana; é também contra a fé e, em particular, contra a Igreja. Aliás, não é difícil entender isso; estávamos falando de ideologias de fundo ateísta, do “passado”. Há outros problemas também: quem ainda não ouviu falar de Marquês de Pombal, por exemplo, que tanto mal causou, com sua perseguição à Igreja...? E quanto ao dito “iluminismo”, ao racionalismo, que nega a Deus (e, consequentemente, ao homem e à moral), que tanto atacaram, também, a Igreja? Quem não se lembra também da Revolução Francesa, que exterminou milhares de pessoas – especialmente padres e religiosos...(ah, o ódio deles contra Deus e a Sua Igreja...)?

A lavagem cerebral, que ocorre inclusive nas escolas, também contrapõe Igreja, religião e fé, à ciência, ao desenvolvimento, à cultura; “endeusando” a razão. Proclamam o socialismo e o comunismo como regimes justos – omitindo as atrocidades cometidas em nome destes regimes; entre outras falácias.

Percebemos a agressividade dos adeptos de todas essas ideologias malévolas, ao recusarem o diálogo com quem deles discorda; ao agredirem, de todas as formas, quem pensa diferente deles; ao tentarem impor “à força” suas ideologias. Recentemente, foi publicada uma notícia de um artigo de divulgação sobre o diálogo entre ciência e fé; vimos pessoas equilibradas falando de convergência entre ciência e fé, e outras pessoas com comportamentos arbitrários, atacando este diálogo. É uma característica própria dessa gente. Na falta de argumentos sólidos, partem para o ataque agressivo e para a tentativa de desqualificar quem pensa diferente deles.

Tempos atrás, assisti na televisão, um debate entre um bispo católico – atuante nas questões sobre bioética –, e uma pesquisadora defensora de procedimentos contrários à vida e à dignidade humanas, que nós tão bem já conhecemos. Nosso bispo argumentava o ponto de vista da Igreja, de forma sólida e equilibrada. A outra pessoa, a partir de certo momento, perdeu a linha e baixou o nível do debate, atacando de forma contundente a Igreja Católica, e seu posicionamento contra o que ela defendia. Tal pessoa “se disse” católica, mas disse que a Igreja não diz o que ela pode ou não fazer, se pode ou não se separar de um matrimônio e se juntar com outra pessoa; entre outros delírios. Ou seja: contrassenso total.

Imagine alguém que aceita ingressar em um emprego, mas faz suas ressalvas: “eu trabalho aqui, mas a empresa não pode me dizer o que eu posso ou não fazer; eu faço o que quiser, venho trabalhar quando quiser...”. Vai para o “olho da rua” em pouco tempo, e por justa causa... Mal comparando, porque Igreja não é empresa... mas, quando alguém aceita abraçar uma situação qualquer – emprego, religião, associação, organização, ou o que for – aceita, obviamente, as regras da mesma; ou então não aceite e fique de fora! Não dá é para dizer que é isso ou aquilo, e não seguir as respectivas normas; não dá para dizer que é católico, e não aceitar o que a Igreja tem como princípios. Ninguém é obrigado a ser católico: não quer? Paciência, siga o seu caminho, que é outro, não aqui!

Daí vemos a incoerência dessas pessoas adeptas a ideologias contrárias à vida e dignidade humanas. Na verdade, o fundamento dessas ideologias é a negação de Deus; daí decorrem todos os outros males... Eles se manifestam com agressividade, quando alguém lhes desmascara, e eles não conseguem contra-argumentar de forma civilizada: inflamam de ódio! Por isso se inflamam de ódio contra a Igreja, que tem se manifestado clara e corajosamente, sempre, contra esses contra-valores.

Mas não busca a Igreja o diálogo ecumênico (com religiões cristãs), e inter-religioso (com religiões não cristãs)? Não busca a Igreja diálogo com o mundo, com a cultura, com a ciência? Por que então esses ataques gratuitos? Porque se inflamam contra nós, por tentarmos ser sal e luz. Quem está mergulhado em trevas, odeia a luz; então, foge dela, ou então a persegue e tenta destrui-la. De onde vem a intolerância? Nossa, que propomos valores? Obviamente que não; manifestar nossos valores e nossa opinião é um direito. Agora, não é direito agredir quem pensa diferente – como fazem conosco.

Mas temos uma certeza: o inferno não prevalecerá contra a Igreja.

Até a próxima!

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