Caros leitores, conforme a última postagem, sobre a novidade de estar publicando textos no Jornal paroquial “Ecos de Lourdes”, encaminho o último texto lá publicado, neste mês de janeiro. Preferi reproduzir primeiro este, devido ao tema, já que encerramos hoje o Tempo Litúrgico do Natal.
Segue também o link do Jornal, com a versão eletrônica:
http://www.nsl.org.br/jornal
Segue também o link do Jornal, com a versão eletrônica:
http://www.nsl.org.br/jornal
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Este é um bom assunto para tratarmos, no Tempo de Natal! Vejamos trechos Bíblicos que citam a estrela e os magos:
Mt 2,1-2: “Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. ”.
Mt 2,9-11: “Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram.”.
Há diversas hipóteses sobre o que teria sido a estrela, dentre vários fenômenos naturais. Dos vários estudos no campo da ciência, não há nenhuma conclusão a respeito. Santo Tomás de Aquino também se deteve a estudar este relato Bíblico, à luz da Teologia. Porém, lembremos que há vários relatos Bíblicos em que Deus manifesta sua ação a partir de fenômenos naturais, mas de forma extraordinária: o maná no deserto, a coluna de nuvem e fogo que guiava os israelitas na fuga do Egito, a travessia pelo Mar Vermelho, entre outros. Deus está acima da natureza que Ele mesmo criou, podendo agir de forma extraordinária, conforme sua vontade; os milagres, nos quais a Igreja se baseia para os processos de beatificação e canonização, ocorrem também desta forma: pela ação extraordinária de Deus.
Independentemente de qualquer explicação, podemos fazer uma reflexão sobre a estrela e os magos: estes, tinham origem em povos pagãos, não faziam parte do povo escolhido (israelitas). Entretanto, tinham conhecimento de que nasceria o Messias, e estavam à sua espera. Os reis magos representam todos nós, que não temos origem no povo judeu. Por vontade de Deus, Ele veio também para nós. Jesus quer levar Sua Boa Nova a todos, não somente àquele povo ao qual Deus vinha instruindo através da Lei e dos profetas, mas a todos! O que importa, independente da origem de cada um, é a nossa disponibilidade e abertura à Boa Nova, que é o próprio Cristo no meio de nós. E aqueles homens, apesar de sua origem pagã, buscaram insistentemente o Senhor e, quando O encontraram, O adoraram (Mt 2,11). Assim, como diz São Paulo na Carta aos Efésios (Ef 3,6): “(...) os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho.”
Graças a Deus, que, em seu amor e misericórdia, quis Se manifestar a todos os povos! Que tenhamos, assim como os reis magos, determinação em encontrar e adorar o Senhor que vem ao nosso encontro.
Carlos Alexandre F. Jorge,
Regente do Coral Santa Bernadette e
Integrante do Coral Opus.
Blogue Ciência e Fé:
http://scientiaeetfides.blogspot.com.br/
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Obs. 1: A assinatura ao fim do texto reproduzido consta da publicação no Jornal paroquial "Ecos de Lourdes", para o qual é solicitado identificar a pastoral ou grupo ao qual pertence o autor do texto.
Obs. 2: Textos anteriores do blogue, correlatos: