Caros,
Li há alguns dias um trecho do pronunciamento do Papa sobre os mafiosos, em que ele diz: “Convertam-se: ainda é tempo para não terminar no inferno.
É o que os espera se continuarem por este caminho”. É uma expressão bem dura,
não é? O Papa disse claramente que o inferno é o que os aguarda, se não se
converterem... Entretanto, apesar da dureza de sua palavra, todos nós podemos
aproveitá-la para reflexão; ainda mais no tempo da Quaresma.
Sabem o que me inspirou a comentar sobre isso no blog? Duas coisas,
basicamente: (1) A questão sobre o fim de todos nós: para onde iremos após o
fim de nossa peregrinação terrena...? Em nossa fé, sabemos que não termina tudo
por aqui...; (2) A questão acerca da busca pela verdade – tema tão caro à nossa
reflexão neste blog, conforme vocês bem já sabem; nem vou citar novamente a
frase do Beato João Paulo II em sua Carta Encíclica Fides et Ratio... acho que vocês já devem ter
na memória, senão com as palavras exatas, ao menos o seu conteúdo.
Quanto à
primeira questão, já comentei antes no blog sobre o fim de nossas vidas – nos
textos “Morte Cristã: textos esclarecedores”, “Fim do
Mundo...?”, “Novos
Céus e Nova Terra” e “Novos
Céus e Nova Terra (2)”. Como disse, em nossa fé, sabemos que não termina tudo por aqui, e que deveremos prestar
contas a Deus sobre o que aqui fizemos. A possibilidade da condenação eterna –
ou inferno – é uma realidade que nossa fé atesta. Não é algo agradável, em
princípio, ouvir falar sobre essa realidade... acabamos nos assustando; mas não
adianta também “empurrar para baixo do tapete”, fingindo que não existe. Há
passagens Bíblicas que atestam a realidade do inferno; assim como o Catecismo
da Igreja Católica também fala sobre a possibilidade da condenação eterna.
Logo, não adianta fugir; antes, devemos buscar sempre a conversão, e fugir das
ocasiões de pecado, em particular, para não cair em pecado mortal... (vide
Catecismo a respeito de morrer em pecado mortal... assusta, mas vale a pena ler).
Me lembrei
de um ex-professor que, ao tentar nos acalmar no início da nossa pós, sobre a
dificuldade das disciplinas que teríamos que cursar, disse: “No fim todo mundo
passa...”. Um aluno que já tinha cursado as matérias, riu, quando eu lhe contei
isso, e disse: “Não é bem assim...”. De fato, podemos dizer que, nos estudos,
um aluno pode levar o curso de qualquer jeito, sem esforço, sem dedicação a
fazer o que é certo (no caso, estudar), e achar que no fim todo mundo passa...?
Isso faz sentido...? É verdade...? Por experiência, sabemos que não é verdade,
claro! Mesmo quem nunca ficou reprovado, já viu colegas serem reprovados...
Mal
comparando... quem acharia que dá para viver de qualquer maneira, e que no fim todo
mundo se salva...? Claro que há a chance de conversão, mesmo no fim da vida!
Mas ninguém sabe quando esse momento vai chegar... Logo, o mais sensato é
manter-se em conversão, “fazendo o que é certo”, “se esforçando” para melhorar.
A gente vê alguns por aí com essa mentalidade, como se a misericórdia Divina
fosse “carta branca” para cada um aprontar todas, achando que, no fim, não vai dar
em nada... Claro que Deus é misericórdia! Mas isso não significa que possamos
“brincar” com Ele... levando a vida de qualquer jeito, arriscando a todo tempo
a própria salvação, achando que Ele irá salvá-lo no último momento (como se a
condenação eterna não fosse uma possibilidade real...); Ele pode salvar sim,
mas se a pessoa não quiser, pode ir parar no inferno! A condenação eterna é uma
possibilidade real, se uma pessoa não se cuidar, pode ser condenada sim.
Logo, para
quem acha por aí que este novo Papa é mais “aberto”, “flexível” (e na cabeça
dessa gente isso significa ser “bonachão”...), engano total... A gente vê a imprensa
distorcer sua fala, insinuando por aí, por exemplo, que ele seria favorável à
prática do homossexualismo... Ele nunca disse isso! Disse sim que, se um gay
dissesse que quer seguir Jesus, quem seria ele para rejeitá-lo...? Mas disse
também que a prática homossexual é
pecado (essa parte, essa imprensa tendenciosa não esclarece...).
Nesse atual
pronunciamento, o Papa deixa claro que uma pessoa pode ir parar no inferno sim,
se não se converter e deixar sua vida de crime (que é o caso das pessoas a quem
ele se referiu)! Quero ver a imprensa não católica alardear isso... ou seria
duro demais para alardear...? Vai desfazer a imagem distorcida de “bonachão”,
que eles querem colocar no Papa...
Aqui já
esclarecemos também a segunda questão: dizer a verdade, doa a quem doer. Não
adianta ser “suave”, para querer conquistar as pessoas; quando não se alerta
sobre aquilo que é realidade, verdade, em nossa fé. A verdade, por mais que
seja dura, é necessária. O Papa está alertando; melhor alertar com palavras duras
e verdadeiras, a usar uma fala mansa, ocultando ou disfarçando a verdade...
assim, ninguém se converte... porque, “no fim, todo mundo se salva...” (sic). Se ele não alertar, poderá ter que
prestar contas disso; mas se ele alerta com a verdade, já fez a sua parte. Quem
não quiser ouvir... aí, é com cada um...
Amigos:
devemos buscar a verdade, sempre! Não nos contentemos com menos do que isso!
Até a
próxima! Boa Quaresma! Boa conversão a nós!
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